Friday, December 02, 2005

Tu...





Depois de tanta coragem nas palavras,
O medo venceu-me e fugi.
Como se nada fosse fugi.

Sinto-me uma criança assustada.
E quando um dia me lembrar...
Será o meu retorno ao fim.

Sei que o tempo me corta a respiração.

E tenho tantas coisas por te dizer...

És para mim a estranha assustadora forma de amar.

Tu,
Tu que me tocaste...
Somente tu,
No meu pequeno universo...
Um ponto que sei
Que nao retorna a mim...
Um sol que brilhou um dia para mim
Brilhou como um diamante raro

Tu...

Saiste daquele lugar encantado cheio de brilho escuro.
A lua ilumina-te a alma que se esquece de mim.

Logo a mim que me lembro de ti todos os segundos em que respiro.

Adoro a forma como tu andas,
A música e a forma como falas,
Adoro a tua luz e a forma como já não me olhas...

Sempre que te quero expressar duma forma bonita o que sinto,
Fujo com medo de estar a errar nas palavras.

E prefiro ter-te por perto sem saberes a verdade,
A assustar-te e fugires para sempre de mim...

Tu,
Tu que me beijaste...
Foste tu,
No meu pequeno universo
Um ponto que sei
Que nao retorna a mim
Mas que um dia esteve aqui...
Foste a brisa da minha manhã tranquila de paixão.

Tu...

Sofro em silêncio a tua ausência e o teu esquecimento.

Apoderaste-te de novo do meu pensamento contínuo de saudade.
Irei aceitar a minha derrota e morrer inutilmente sem ter tentado.

E quem me dera ser mais uma vez sincero...

Sonhei contigo e quando apareceste deixei-te ir embora...

Sou o homem mais forte do mundo.
Mas contigo fraquejo duma forma tão triste que me magoa...
Magoa tanto que choro.
E eu não choro por nada.
Só por ti.
Choro o passado que tive, o presente que quero ter e o futuro que nunca terei...

Não saias da minha cabeça...
Mas se não estás aqui...
Sai...
Não, não saias...
Já não sei o que é melhor.
Sinto que é tudo em vão...
E que neste conflito psicológico estás sempre tu...
Foste sempre tu...
És mesmo tu...
E para sempre...
tu...



escrito por Pedro Monteiro