Poesia que esqueceste
Assim será.
Renascerás da terra húmida que o horizonte nos dá.
És como uma flor que murchou de tanto esperar pelo nascer de um raio de sol.
Assim foi.
De tanto mal renasceste para morrer, boca muda de tristeza.
Só para ti soubeste o que doeu o fim de um início.
Assim é.
Choras na tua voz que encanta a tua mente que relembra o seu olhar inocente de tanto afecto.
Para ti já não faz sentido a poesia que não é lida para quem é escrita.
Pois é.
No quente das lágrimas hidratas o sufoco do teu sofrimento tocado pela mão de um anjo.
Os teus lábios secos outrora inchados da paixão selaram-se da espera fracassada.
E tu?
Para onde caminhas príncipe sentimento que todos amam na mesma forma de rejeição?
Não vires as costas ao mundo que tanto tem para te fazer mudar.
És único e para ti algo único te espera.
No desespero da infelicidade uma mão te elevará o espírito da cumplicidade serena de amar a beleza interior do oceano salgado.
Escrito por Pedro Monteiro