Thursday, September 18, 2008

Quem me viu e quem te vê



Sinto-me silenciado pela motivação que transmito e me esgota.
Quero que fiquem bem mas na minha cabeça é-me dito que é injusto.
Não me vês como sou.
Não percas a noção,
porque o passado ainda é o meu presente e o futuro assim o manterá.
Mudaste...
Não digas que não porque os dias já mudaram faz tempo.
O teu jeito conturbado de me escapares quando te revejo
denuncia a tua persistência em te enfiares em esconderijos de atitude vulgar de quem quer que a minha mente caia em esquecimento.
Perco o controlo no meu peito só por te ver fugir.
Desilude-me pensar a fundo na morte da tua atenção.
Perdi-me em desânimos palpáveis.
E tu,
nunca te sentiste bem a cada abraço da minha ternura?
Desprezas-me e congelas-me o sangue que costumava ferver quando sentia o teu cheiro.
Este silêncio pertuba-me os tímpanos...
Não estou sentido com algo,
estou apenas triste contudo.
Tristeza essa palavra forte que sentimos quando amamos.

Amor?

Eu não usei esta palavra...
Quem me viu e quem me vê...
Quem te viu e quem te vê...



escrito por Pedro Monteiro