No meu pequeno Universo
Ele mudou-te porque se mudou.
E toda a força que deste, resultou em lágrimas infinitas.
Acabei por te provar, solidão.
Tens um sabor horrível a tristeza.
Depois de ter administrado o teu desprezo em mim,
Tomei o sonífero que me desliga, mas já nem ele faz efeito.
Adrenalina, tens sido a cura para a minha doença crónica,
a realidade envolvente que me magoa.
E no cair duma estrela cadente no meu pequeno Universo,
Deu-se o eclipse mortal que matou a minha força de disfarce.
Nos últimos minutos do fim do meu tempo,
Perdi-me em palavras tristes nunca antes ditas ou pensadas, apenas sentidas...
O fumo de mais um cigarro mostrou à minha alma o caminho para onde não posso ir.
Já nem o vento me arrepia para abrir as asas e emigrar para longe,
Bem longe das memórias jamais esquecidas.
Longe vão os anos de inocência pura e não forçada numa cara de agrado.
Longe vão os dias de espontaneidade marcante e que ficava na memória de qualquer anjo.
E perto está o passado que relembro todos dias.
Naqueles dias.
Os dias em que tudo fazia sentido e no fundo eu era a diferença.
Mas agora sou diferente de novo.
Sou como uma vela sem cera.
Sou como um oceano sem água salgada.
Sou como um fogo sem chamas.
Na decadência contínua deixei-me levar porque parte de mim desapareceu.
E nada faz já sentido.
Nada me ajuda a reconstruir o puzzle do meu sorriso sentido.
escrito por Pedro Monteiro
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